E foi dada a largada ...

Quanto tempo sem passar por aqui!!
Correria de final de ano!!!

Só passei para desejar um Feliz 2010 e postar a primeira mensagem do ano!!!!

Em breve volto para fazer um post decente!!!

Beijos

Memória de mãe

Acho que mãe tem memória seletiva ... na verdade elas guardam tudo, absolutamente tudo, mas só lembram do que querem (e quando querem!). Às vezes essas memórias fazem sentido, às vezes não ...

Quantas vezes vivenciei diálogos do tipo:

"Mãe, lembra de ontem quando estávamos fazendo-não-sei-o-que?"
"Ontem?? Fazendo-não-sei-o-que?? Não estou lembrando..."

Aí a gente fica detalhando, tentando fazê-la lembrar...



E outras vezes acontece o oposto. Ontem eu estava conversando com a minha mãe sobre roupas quando ela fala:

" Você não tem uma roupa 'assim', 'assim'...?"
"Tenho, mas faz tanto tempo que não uso. Aliás nem lembro da última vez em que usei"
"Eu lembro de uma vez que você a usou." (Lembra? Como assim??)
"Lembra?? Quando??"
"Foi na viagem tal, quando fui te levar no aeroporto...ou melhor, levar não... foi quando eu fui te buscar! Você estava com essa roupa!"

Peraí! Eu não lembro a roupa que coloquei no último sábado e ela lembra da roupa que eu vestia há DOIS anos quando foi me buscar no aeroporto?? O pior é que tem fotos do último dia da viagem que comprovam que eu usava essa roupa mesmo!!

Vai entender memória de mãe!


Obs.: A roupa em questão era um jeans semi-básico! Justificaria a lembrança se fosse algo do tipo vestido-da-Geisy!!

Valores 'Físicos' x Valores 'Abstratos'

Um dia desses eu estava conversando com uma criança de 9 anos e ela entrou no assunto 'profissões'.
Ela começou a perguntar o que eu estudava e a falar sobre as profissões que ela gostava e o porquê. Lógico que nessa idade o 'porque' geralmente é: profissão tal porque minha tia é isso. Profissão tal porque faz não-sei-o-que.

Ela queria saber o que eu estudava, onde e etc.

Óbvio que a sementinha de adulto já tem os ensinamentos do berço e disse:

- "Não é chato, ser 'música'?
- Não! Porque você acha que é chato?
- Ah! Sei lá ... porque músico fica lá olhando a música e tocando sozinho. Nem fala com ninguém. É muito parado...
- Parado eu te garanto que não é. Tem tantas coisas para estudar...
- Ah! Mas... mesmo assim. O que músico faz além de tocar?

(Se fosse para um adulto, talvez eu teria respondido: Nunca tinha pensado nisso! O que um dentista faz além de olhar boca? O que um dermatologista faz além de olhar peles? Etc )

Fim do papo porque algo a distraiu e tchau.

Cerca de 1 semana depois, a criancinha-projeto-de-adulto vem conversar comigo e volta ao mesmo assunto:
(Dessa vez com claras evidências do tipo de valores que os pais ensinam!)

- O que você queria ser antes de querer ser violinista?
- Um monte de coisas ...
- Fala uma! (ainda bem que ela disse 'uma' porque quando criança eu já quis ser: professora, desenhista de quadrinhos, escritora, tratadora de cavalos, marinheira, socorrista de ambulância, cientista, química - graças ao Mundo de Beakman -, lutadora de karatê, bombeira... Quando cresci um pouco mais: engenheira civil, arquiteta, economista, ... Prestei: medicina/enfermagem. Cheguei na iminência de fazer: enfermagem (9º lugar - Sta. Casa 2005)
- Médica.
- E porque você não foi médica?
- Porque eu percebi que não era isso que eu realmente queria para minha vida toda. E a gente tem que fazer o que gosta de verdade, né?
- Concordo e não-concordo. Mas você foi escolher ser 'música' e isso não dá dinheiro. Como você vai viver quando ficar mais velha?
- Ué? Mas então dinheiro é mais importante do que fazer o que realmente gostamos??
- Ah! ... eu gosto de tal-coisa, mas eu acho que vou acabar fazendo coisa-tal porque dá bastante dinheiro. E depois, quando eu ganhar muito dinheiro eu faço tal-coisa.
- E se você for fazer essa coisa que dá bastante dinheiro e achar muito chato e não conseguir emprego? Aí você vai ficar sem dinheiro e sem fazer o que gosta?
- Ah! Sei lá ... quanto músico ganha?
- O suficiente para viver.
- Que chato!

Naquela hora eu bem que quis ter uma conversinha com os pais de tão dócil criaturinha, mas desistijá que eles provavelmente me diriam que ela iria mudar de idéia sobre as profissões nos próximos anos por ainda ser uma criança. Evidente que a probabilidade dela passar por milhares de 'idéias' é enorme e natural.
O que não é natural é uma criança de 9 anos pensar na hipótese de fazer o que não gosta, mas que dá dinheiro! Isso é algo que fica enraizado. Afinal valores vem de berço e é esse o tipo que eles estão passando para ela!

Graças a Deus, papai e mamãe sempre me ensinaram que dinheiro/bens/etc não é nada além de consequência da vida e, embora seja necessário, nunca deve ser visto como o objetivo da vida!!

Antes que perguntem: Sim! Meus pais me questionaram quando resolvi assumir que música era o que eu queria fazer. Isso porque eu estava há algum tempo fazendo cursinho/prestando vestibular para medicina e eles queriam ter certeza de que eu não estava tendo uma crise de stress. Nunca falaram: "mas medicina dá status e dinheiro. Música não!"

Poesia no metrô

Fernando Pessoa
( Ricardo Reis)

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és
No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Os usuários do metrô sabem que vira-e-mexe surge alguma novidade pelos interiores das estações... Exposição de quadros, esculturas, etc ...

Dessa vez está em cartaz o projeto "Poesia no Metrô". Não começou agora, foi no final de outubro e, provavelmente, deve ficar lá até o início do ano.

Infelizmente está só na linha Verde. Felizmente essa é minha linha, então sempre quando entro no metrô me deparo com alguma poesia. Adoro. Sempre amei literatura e boa parte das poesias espalhadas pelo metrô são velhas conhecidas e é sempre bom relembrar. Relembrar inclusive dos tempos de colégio, afinal a aula de literatura era uma das que valiam a pena!

Lembro do dia em que entrei e vi homens em escadas colocando enormes paineis pelas estações. Dei uma parada para ver o que eram aquelas letras e me deparo com Camões. Depois descobri que tinha Fernando Pessoa, Olavo Bilac, Alphonsus de Guimarães, Gonçalves Dias, Florbela Espanca... e etc. Totalizando 21 autores.

Me perguntei se fazia sentido, afinal no horário do rush, quem enxerga alguma coisa naquela mar de gente? Quem consegue prestar a atenção em algo que não seja o ponteiro dos relógios que insistem em correr?
Não faço idéia de como tem sido o retorno aos idealizadores do projeto, mas eu tenho visto bastantes pessoas dando uma lida num painel aqui, uma espiadela noutro ali ... Já vi muitas pessoas, inclusive, fotografando os painéis! Acho que deveriam ficar expostas para sempre e, de tempos em tempos, sendo substituídas por outras!


Não me recordo exatamente em qual estação está a poesia que coloquei para "ilustrar" o post. Chuto que está na Santos-Imigrantes, mas é um chute.
Eu a escolhi porque, na minha opinião, das que estão expostas é uma das curtas em palavras, mas uma das maiores em significado!! Além de ser de autoria do meu poeta queridinho: Fernando Pessoa sob o heterônimo de Ricardo Reis.

Final de ano...

Final de ano é um saco! A impressão que eu tenho é: a probabilidade de algo dar errado nessa época do ano é n vezes maior do que no resto do ano!

Exemplo do minuto: na última semana de outubro troquei meu jogo de cordas. Não usei a E do jogo, mas uma avulsa. Guardo essa E de reserva.
Início da última semana. Corda E estoura. Substituo por uma outra avulsa (ainda não usei aquela que guardei do jogo). Por precaução faço uma encomenda de mais um jogo e TRÊS E avulsas!

Há poucos minutos: tcham!!!!
Com 4 cordas no violino qual a probabilidade de estourar uma para a qual não tenho reserva?
- 1/4 contra 3/4 das outras para as quais encontrei pelo menos 2 cordas para substituir em casos de acidentes!

Agora eu pergunto:

Encomenda chegou?? Não!
Achei a corda que tinha sobrado do jogo?? Não!
Tem atelier aberto a essa hora? Não!
Tem algum violinista que mora aqui perto para fazer um escambo? Não!!!

A Saga das Tentativas ...

Talvez seja o final do ano, talvez seja a proximidade do festival, talvez seja a chuva, talvez não seja nada!

Mas me lembrei de alguns episódios bem cômicos de pessoas que tentaram uma aproximação, uhm... digamos... mais "calorosa" com a minha pessoa. Só tentaram!!

Tem aqueles episódios básicos de pessoas bobinhas imaturas que nem vale a pena comentar. E tam os mais "marcantes", como alguns que contarei:

João*, 30 e muitos anos, não muito alto, não muito baixo, nem gordo, nem magro, mais para bonito do que para não-bonito.

Grupo de amigos, barzinhos, papo vai, papo vem... troca número de celular aqui, e-mail ali... Tempo passa e João começa a mandar e-mails quaaaase monossilábicos: "Oi, tudo bem? Como foi seu dia?"
"Oi, tudo bem? Já almoçou?" ...
Que chatinho bonitinho!! Às vezes respondo, às vezes não... Tento puxar assunto para algo mais consistente, tipo "Viu que Mahmud Ahmadinejad veio ao Brasil?" (e-mail)

- "Quem?" (resp)
- "O presidente do Irã!!!"(re:resp)
- "Vamos falar de outra coisa?"(re:re:resp)
- "Que coisa?"(re:re:re:resp)
-" Sei lá... pode ser sobre você!"(re:re:re:re:resp)
-"O que você quer saber sobre mim?"(re:re:re:re:resp)

Nessa época descobri o quão paciente eu sou, afinal esse lenga-lenga virtual durou um bom tempo.
Virtual porque pessoalmente a pessoa sequer conseguia passar do "oi, tudo bem?".
Dia seguinte após saída com amigos era 'batata'. E-mail logo cedo: "Ontem você nem me deu atenção!", "Ontem queria te falar tal coisa, mas não deu", "Ontem você nem se despediu de mim?", "Ontem...etc" ...
Depois de um tempo a coisa avançou (virtualmente!!!!) e ele passou a mandar mensagens mais elaboradas (POWER POINT... eu ODEIO POWER POINT!!!!!!!). Se dava ao trabalho de FAZER uma mensagem em .pps!
O que estava na cara, ficou mais explicito e eu resolvi dar um fora avisar com muita sutileza, em doses homeopáticas que não ia rolar nada além de amizade! Adiantou??
Um dos últimos .pps foi o ápice: flores, musiquinha, texto pra lá de insinuante ... convite para sair só os 2.
Não teve jeito... fui obrigada a responder da maneira mais sutil possível (sim! eu me preocupo com o bem-estar da outra pessoa ainda que queira matá-la!) que não ia rolar, que não estávamos na mesma sintonia, aquele lero-lero todo para dizer: "se liga, cai fora!!"
Ele entendeu? Não... ou melhor, entendeu e numa crise de auto-afirmação resolveu "livrar a dele" dizendo que a culpa era minha por não ter sido clara e etc!
Não ter sido clara? Ok!
Ótimo... a culpa era minha. Agora dá pra cair fora?

Uns 6 meses depois uma nova tentativa, um novo "cai fora sutil" e fim!
Com João fui tããão paciente que até consegui ignorar quando ele achou horrível um vídeo maravilhoso de um Capricho de Paganini que mandei para ele ver!!! Ele disse: "Credo, não gostei disso não! Você mandou para eu ver como esse cara não sabe tocar?"
Como ele não sabe a diferença entre um violino e um navio-pirata, concordei que era mesmo horrível!

JOÃO, #FAIL


Zézim, no máximo 20 anos, não sei era bonito, feio, alto, baixo... só sei que era O CHATO!

Festival. 15 dias. O tempo de Zézim era curto!

Abordagens constantes e master inconvenientes do tipo: 30 minutos para o início de um concerto em que eu tocaria. Tinha 5 minutos para comer + 5 para escovar os dentes e trocar de sapato, +5 para chegar no camarim e alguns segundos para afinar o violino com o pessoal antes de entrar.

O cara chega com câmera na mão: "eeiii... vou tirar uma foto sua jantando" ...
Meu sangue subiu? Não... entrou em erupção!! - Mas eu tenho paciência! Juro!!

- Agora não, Zézim! Estou mastigando!! Depois você tira, ok?

Outra vez, assistindo a um concerto, sinto a presença de alguém na poltrona de trás e antes que pudesse raciocinar um braço sutilmente me enforca abraça. Me livro do braço. "Oiii... você está assistindo esse concerto?" (-Não! Estou dançando tango!!)

- (não respondi)
- Vou assistir com você, tá?
- Uhum...
- O que você vai fazer depois do concerto?
- Dormir.
- Vamos em tal lugar?
- Hoje não! Preciso mesmo dormir!
- Você está gostando do concerto?
- Então... não sei. Queria ouvir para saber se vou gostar ou não!
- blá blá blá...
Desisto!

O ápice: Saindo do prédio com 2 amigos. Zézim sorrateiramente se aproxima:
- "Oiii... olha: eu tenho vale!"
- Vale???
- Sim... vale x-qualquer coisa! Quer ir comigo?
(Nessa altura do campeonato meus amigos saem correndo rampa abaixo e me largam. Tento seguí-los e me desvencilhar de Zézim. Não consigo nem uma coisa nem outra.)
Alguns segundos depois chego na saída e a amiga está contando o episódio para outros amigos que estavam lá fora: - "O cara tentando se dar bem ofereceu um vale x-qq-coisa, tem noção??"
Chego, pares de olhos esperando a confirmação da história. Confirmo, vamos jantar. Como lenha na fogueira, o assunto se espalha e passa rapidamente de mesa em mesa.

- "Ai, amiga! Se fosse um vale-ópera-de-Paris eu me jogava!"
- Se fosse um vale-tour-pela-Europa, eu aceitava sem pensar.
- Se fosse um vale-Stradivarius, um vale-etc-etc-etc ...
O assunto corre.
Último dia. Antes do concerto de encerramento uma colega me fala: "Você soube DA história do festival?"
- Que história?
- Um cara do trompete que me contou.
-??
- Um carinha que quis tentar se dar bem com uma menina e ofereceu um vale x-lanche pra ela, acredita??
- Sim! Eu sou a menina!!

ZÉZIM, #FAIL

Tony, 20 e poucos anos, certinho, sério, não lembro bem da aparência física, devo ter visto só uma vez.

Amigos em comum. Descubro que um deles passou o número do meu celular e meu MSN.
Óbvio que começa pelo MSN. Conversa flui até que bem. Pergunta se pode me ligar. Autorizo.
Passam uns 5 minutos, Tony fica offline no MSN. Mais uns 5 minutos. Cel. toca ...

Blá, blá, blá... até que o danado sabe conduzir a conversa!! Fala de coisas que gosta antes de me perguntar e assim vai. Estou quase querendo prestar a atenção na conversa até que uns 15 minutos depois surge o assunto fatal: "violino".

- Você é violinista????
- Sim. Porque?
- Mas não faz outra coisa? (Alerta vermelho, alerta vermelho...)

Ele, danadinho, percebe que esse assunto não funcionou e muda rapidamente o tema!
Mas eu fico com a "pulga atrás da orelha".

O ápice: Alguns dias, algumas poucas conversas sem sentido via MSN e ele liga novamente. Papo vai, papo vem... até que ele diz com quase todas as letras que mulher dele não poderia ser violinista, que isso não era profissão, onde já se viu a mulher sair "por aí" para tocar em público?? Que eu deveria escolher entre ele e o violino.

(Ri horrores!)

"- Amiguinho! Quem pegou meu número? Quem me ligou? Quem se interessou? Aliás, temos alguma coisa? Porque eu não me lembro de alguma vez ter saído com você.
Jura que você tem dúvidas se vou escolher entre v-o-c-ê e meu violino?? Faz-me rir"

TONY, #FAIL


É ... a vida é realmente cruel, mas não ao ponto de não podermos rir de histórias como essas!!!

Para preservar a integridade física e mental de meus amados amigos é óbvio que os nomes foram trocados!!!

Que país é esse??

Às vezes me pergunto porque leio jornal? Porque ouço notícias??
A coisa mais rara que tem é encontrar alguma notícia útil. Ou estão falando de políticos, corrupções, impunidades e etc ou estão falando de bundas, peitos, mini-vestidos, big brothers e afins.

O resto das notícias, se olhar bem, dá para encaixar em um desses 2 grupos!

Hoje cedo ouvi uma notícia no rádio falando sobre o faturamento das crianças nos faróis. (Detalhe: o maior grupo das crianças está na faixa etária de 8 a 11 anos!!). R$2.000,00 (Isso mesmo, cerca de DOIS MIL REAIS!!!). Aí abro o jornal e dou de cara com a mesma notícia. Tem até o mapeamento e estatísticas dos locais de "maior rentabilidade". (Clique aqui)

Senão me engano (e, não, eu não estou enganada!!) criança até 16 anos não pode trabalhar. Mas pedir dinheiro no farol pode! Trabalhadores informais!! Pode ter quem diga: "é falta de opção!"
Falta de opção? E quanto àquelas crianças fofinhas, lindinhas, espertinhas que todos os dias pulam aos montes nas telas das TVs? Não é trabalho? A apresentadora Maisa do alto de seus 6 anos praticamente sustenta a casa! Estuda no Objetivo.

Agora vai você, de classe média, colocar seu filho de 15 anos para trabalhar! Abuso infantil!!

Depois lembrei de outro "emprego alternativo" - certamente esse deve ser o dos pais das crianças - muito rentável também: "valet autônomo". Não conhece? E 'flanelinha'? Só que o nome ficou chique!!
Esses faturam até R$4.500,00 por mês. (Leia aqui)

Pergunto: estudar pra quê?? A resposta básica é: para pagar imposto (Empresa informal é contra a lei, empresa legalizada paga pelo menos 40% de imposto!!) e não ter direito a muitas coisas!!
Ainda mais em tempos "muderrnos" em que tudo se resolve fácil, fácil...
Bolsa-Família, Bolsa-Floresta, Bolsa-Funeral, Cartão Cidadão, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale Refeição, Sistema de Cotas ... se não conseguir nenhum desses, é só invadir algum terreno. Ganha Bolsa Invasão e de quebra, aposentadoria!! Ah! Não podemos esquecer das novíssimas bolsas: a bolsa-auxílio-funeral e (pasmem!) a Bolsa Celular!!

Quero ver o que dirão as estatísticas quando "o pai dos pobres" e a "mãe do PAC" sairem de cena e entrar em cartaz alguém que acabe com tudo isso! Pobreza aumentou, desemprego aumentou (Desempregado é aquele que está procurando emprego. Se não está procurando não pode ser considerado desempregado!), criminalidade aumentou ... mulheres com filhos "a rodo" sem que "o pai" pague por eles ...
"Tudo na mão" é sinônimo de comodismo! Para que se dar ao trabalho de passar horas trabalhando direitinho para no final do mês receber um salário bem inferior à mesada dada pelo governo se é possível ficar em casa idolatrando o "pai dos pobres"?

Como diria Renato Russo: "Mas todos acreditam no futuro da nação"


*Em tempo, não tenho NADA contra a criação de nada disso! Reconheço que a bolsa-família melhorou a condição de muita gente, principalmente das regiões Norte e Nordeste. Que gente que economizava meses para comprar uma carne, hoje a tem diariamente...

Mas uma das primeiras lições que aprendi com meu pai foi: "quer ajudar alguém? Ensine a pescar! Não dê o peixe!!" Quero ver quando acabar o peixe e ninguém souber pescar!

E também não tenho nada contra o Lula! (nem nada a favor!)

Pensamento meu!

Aproveitando o post abaixo deixo um "pensamento" que é fruto da divagação pelos campos férteis da minha mente em alguma madrugada por aí...

Pensamentos ...
Pensamentos que vem e que vão
Pensamentos que vem em vão
Pensamentos que já não são
Pensamentos que não se vão
Pensamentos ...

By Mônica Garcia

Sou uma escriba!

Há alguns dias resolvi voltar para o mundo dos blogs porque às vezes surge a necessidade de colocar as idéias, os pensamentos para fora - ainda que não façam sentido (e, na maioria das vezes, não fazem!!!) - simplesmente deixar fluir!

Quem nunca teve aqueles momentos em que algum pensamento vem à cabeça e tudo que se deseja é que ele vá embora e quando mais se tenta mais presente ele fica!? Aquela mesma sensação de "ficar com uma música na cabeça". Enfim, tenho esses momentos direto ... e não tem coisa mais chata do que tentar dormir e não conseguir se livrar daquele embrião de pensamento que fica martelando na cabeça!!

Um dia ouvi um psicólogo (ou seria psiquiatra? psicoanalista?? ... psico-qualquer-coisa!!) dizendo que a melhor forma de se livrar de algo que "gruda" na mente é justamente não tentar se livrar! O caminho mais curto é deixar fluir e quando menos se espera... sumiu! *Puf*

Resolvi testar ... e não é que funcionou? Há anos uso essa "técnica-super-mega-blaster-inovadora" e tenho sobrevivido! Porém, acabei aperfeiçoando: 'anotações', porque não??

Não sei bem quando começou meu hábito de anotar coisas ... talvez tenha sido por volta da 5º série quando ganhávamos a agenda personalizada do colégio para anotações de aula. Talvez tenha sido bem antes já que me lembro de ter diários bem antes disso!! Mas nesse período a palavra "diário" soava estranha! E se alguém lesse? Nessa época lembro que costumava ter pensamentos com começo-meio-e-fim e usava isso nas aulas de redação e etc. Alguém tem dúvidas de que as 20, 30 linhas que a "tia" (na minha época podia chamar professora de "tia") não eram suficientes nem para chegar na metade da história??

Bom, voltando ao assunto ... o hábito de anotar coisas diariamente creio que surgiu mais recentemente... afinal só quando não se é mais criança é que os pensamentes simplesmente deixam de fazer sentido, as responsabilidades aumentam, o tempo diminui e os pensamentos vagam! Simples assim ...

E nesses momentos tenho que escrever... já perdi as contas de quantos textos meus encontrei por aí e ao lê-los não pude definir quando ou porque escrevi, mas estava lá e eu sabia que havia sido escrito por mim!!
Muitos deles exclui, afinal pensamento é algo tão particular que surge só dentro da mente! Se fosse para ser público aparecia de outra forma (como um espirro por exemplo...kkk... tudo bem que sair por aí dizendo pensamentos sem sentido em alto e bom som poderia ser 2 coisas: insanidade mental ou Sindrome de Tourette), mas cabe a nós expô-los ou não! (Fato: me divirto muito quando encontro um texto antigo, algo que não lembrava mais!!)

Quanto às anotações o esquema é diferente... elas estão por toda a parte! (Literalmente!! Agenda, caderno de estudo de violino, mini-caderninho azul de tópicos de aula e afins, e bloco de anotações gerais). Geralmente anoto e não volto para ler, mas hoje resolvi folhear minha agenda de 2009. Primeira anotação de 2009 dizia respeito à primeira refeição do ano... almoço na casa de uns tios lá pelas 16h porque acordamos quase na hora do almoço já que tinhamos ido dormir quase na hora do café-da-manhã...
E assim segue o ano ... tem coisas lá que eu não lembrava, outras lembro como se tivessem sido 'ontem'!!

Os outros cadernos são temáticos e auto-explicativos:
- o de estudo de violino como o nome já diz se refere ao meu estudo de violino! Ooooohh!!
- o micro-azul de tópicos é destinado aos tópicos sobre assuntos que não posso esquecer de falar/comentar/perguntar - 95% na aula.
- o bloco de anotações é para...?? Anotações diversas... mas é um bloco, então são anotações "destacáveis": listas, endereços, ...

Tem também a agenda do celular. Destinada aos lembretes com horários fixos (acordar, remédios, ... Sim! eu uso despertador para remédios!!).

Tem gente que pergunta como administro tudo, bom... não administro! Como eu disse acima: não sei bem quando anotar tornou-se hábito, portanto anotar é quase uma necessidade biológica!!





*A-P-O-S-T-O que ninguém tinha percebido que eu escrevo bastante!*