domingo, 17 de janeiro de 2010

Nas nuvens



AMO nuvens. Tem quem não goste?? Todas as vezes que viajo de avião escolho ficar na janela para ficar fotografando as nuvens. Acho lindo.
Essa foto ficou legal. Foi logo que partimos. Estava nublado e com chuvisco em SP - percebam as nuvens cinzas - mas acima das nuvens o céu estava azul como sempre. Lindo.

É engraçado ver as casinhas lá embaixo e imaginar que quem estava lá via sobre suas cabeças um céu encoberto e cinza, e - quem estava acima - tinha sob seus pés as mesmas nuvens debaixo de um lindo céu azul!

Voando nas asas da imaginação. O céu é meu limite ...

Femusc

Finalmente chegou o Femusc. Terceira vez que venho. Expectativa mesmo era de sair de SP e não de chegar aqui, afinal já conheço "os esquemas", mas o festival sempre recarrega as baterias.

Saí de casa ontem às 7h. Meu vôo sairia as 8h16.
Cheguei. Fiz check in. Fui para sala de embarque. Encontrei um pessoal que viria. Esperamos.
Por volta de 8h20 embarcamos. 8h30 o comandante avisa que não tinha teto em Joinville. 8h40 partimos rumo à Curitiba.
9h45 estávamos no estado vizinho ao previsto. 10h: Ônibus do aeroporto para Joinville. Trânsito parado (congestionado é quando ainda anda mesmo que em passo de tartaruga) com motoristas descendo dos carros para 'refrescar'.
13h15 chegamos em Joinville. 13h30 partimos para Jaraguá do Sul. 14h40: chegamos em Jaraguá.

5 horas na estrada. Isso porque escolhi de avião para evitar o longo trajeto de ônibus! Enfim...

O bom foi que durante o congestionamento tirei da mochila o Uno e aproveitamos para jogar. Mesa improvisada sobre o case de um violão e 'bora'!!!
Nunca esqueça de levar um jogo para festivais! São imprescindíveis. Além do Uno, trouxe o Monopoly Deal.

Ah! Hoje fomos "expulsos" da praça de alimentação do Shopping pq estávamos jogando Uno. Aposto que o guardinha queria jogar também!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Adeus ...

Acho engraçado a inversão de valores das coisas noticiadas pela mídia e, consequentemente, a visão do povo sobre elas.

Poderia citar inúmeros exemplos, mas citarei apenas 2 para chegar "aos finalmentes".

Há pouco tempo houve um boom de notícias sobre o tal vestido da Geisy. Ela passou de anônima à celebridade mundialmente conhecida, num - literal - trocar de roupa! Absurdamente ela ilustrou páginas do ociente ao oriente, do capitalismo ao socialismo, arrebanhou fãs e espantou opositores. Para ela? Só lucro: é o assunto em pauta e, enquanto os 15 minutos de fama não terminarem, acumula prêmios: plásticas, apliques, spas, desfiles, massagens, entrevistas, carnavais ... o culto à vaidade graças ao fatídico vestido.

Assistir TV é algo raro simplesmente porque encontrar algo que presta é como procurar agulha no palheiro! Big Brother? Faz-me rir! Nem que me pagassem perderia meu tempo com isso. Mas, sim, eu sei que começou essa semana o BBB-10. Porque eu sei? Porque muitas pessoas do meu twitter fazem questão de mostrar de 140 em 140 caracteres sua paixão pela futilidade! E o fato de estar na décima edição deixa claro a característica intrínseca do povo que alimenta o crescimento de uma cultura vazia!

O motivo de citar esses exemplos é para demonstrar a inversão de valores.


Hoje, ao ligar o rádio, (sempre na CBN - apesar de algumas vezes noticiarem de maneira tendenciosa é a rádio menos pior) ouvi o anúncio da morte de ZILDA ARNS. Parei para prestar atenção, afinal sempre achei que ela fosse "imortal".
Nem terminei de ouvir a notícia e comentei com meus pais sobre isso, afinal eu sou uma grande admiradora do trabalho dela e preferi relembrar coisas que ela fazia por mim mesma e não pela notícia do rádio.
Quando me perguntam "qual seu ator/atriz preferido?" tenho alguma dificuldade em responder porque não tenho hábitos de "seguir" celebridades. Gosto de um filme pelo conteúdo e não por quem atuou nele.

Entretanto se me pedissem para citar alguém de conteúdo e grandes feitos, certamente eu citaria "Zilda Arns".
Mas... Zilda Arns? Parece que esse nome não me é estranho, mas não estou lembrando quem é. É alguém conhecido??

Ela é médica, pediatra, sanitarista, ativista, mãe, mulher, avó, viúva, candidata ao prêmio Nobel de 2006 ... uma história!

Admiro sua incrível capacidade de solucionar problemas sem depender de políticos, sem depender de dinheiro, sem esperar que alguém faça primeiro. Fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, resolvia problemas que estavam ou não ao seu alcance.
Não resolvia problemas de filiados ao partido X ou ao Y, católica praticante, não resolvia problemas apenas de católicos, não escolhia ajudar por sistema de cotas raciais, não dava bolsa-isso, bolsa-aquilo ...

Resolvia problemas com soluções simples e baratas contradizendo aqueles discursos governistas que dizem algo como: "para acabar com a desnutrição precisamos de bilhões e bilhões de dinheiro", "para resolver problemas sanitários a verba é incalculável".
Talvez ela fosse mágica, talvez não. Talvez apenas enxergasse o ser humano necessitado livre de rótulos.

Talvez por isso feitos grandiosos passaram despercebidos para aqueles que alimentam a indústria da futilidade e mantém no poder governantes que continuarão prometendo e não-cumprindo, continuarão procurando pêlo em casca de ovo, enquanto Zilda Arns estaria moendo as cascas dos ovos para resolver o problema da desnutrição e mortalidade infantil!

Zilda morreu, mas seus feitos não. Ela não morreu esquiando nos Alpes Suíços, não morreu num cruzeiro pela Europa, não morreu descansando numa praia particular.
Morreu no desastre do Haiti, no meio da pobreza, fazendo o que sabia fazer de melhor: ajudar quem precisava de ajuda!
"Solo quiero saber lo que puede dar cierto
No tengo tiempo a perder" (Go Back - Titãs)

Engraçado como rapidamente as coisas tomam novas formas sob outras perpectivas!! Aquilo que era deixa de ser com a mesma velocidade em que aquilo que nunca foi, passa então a ser!
O bom é o que era ou o que vai ser? Como saber?? Impossível!
Fato: enxergar do lado de dentro é completamente diferente do que a visão - privilegiada - que têm aqueles que estão fora!! Mas é fato, também, que muitas vezes alguns detalhes só podem ser percebidos por quem está dentro.

Mas quem se importa??

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Reveillon

Enfim 2010 chegou!!
Reveillon em família. Já passei reveillons com amigos, na praia (argh!) longe da família. Ah!! Não vejo mais graça. Sem a família parece que não é a mesma coisa! E também não gosto de passar com estranhos.
Com família é bom porque conhecemos os hábitos uns dos outros, ninguém fica reparando em ninguém, podemos simplesmente sentar e curtir .

Eu gosto dessa data! Quando dá meia-noite parece que magicamente as esperanças se renovam, dá a impressão que a partir daí tudo será diferente, mesmo que não seja, mas esses momentos de "ilusão" são bons. Por alguns instantes os problemas desaparecem!!

Aqui em casa sempre a virada do ano é com a família do papai e o dia primeiro com a família da mamãe. E temos nossas tradições de anos:
- esperamos dar meia-noite para comer
- ficamos na janela esperando o desfile dos carros de bombeiros depois da meia-noite
- o lombo à california que minha mãe faz (e se não fizer é capaz de alguém ter um infarto!!)
- O arroz com castanhas, uva passa e bacon. TODO ano sempre deixam uma parte de arroz branco separado porque alguém pode não comer o temperado. Mas nunca ninguém come o branco puro!!
- Tem as massas que meu tio faz... d-i-v-i-n-a-s!!
- A tradicional decoração em forma de centopéia que eu faço no lombo da mamy desde ... desde quando?? (Se bem que esse ano eu resolvi não fazer! A decoração foi básica.)
- A degustação de bebidas (geralmente vinhos e champagnes, mas pode aparecer um Goldschläger, um Metaxa, ...)
- Aí tem minha irmã que não bebe nada, só a champagne do brinde. Mas, o que é aquele copo na mão dela? Whisky cowboy!! Sim... ela toma whisky ... e sem gelo!!
- A tradicionalíssima torta de nozes da mamy
- O meu tracional pavê de figo - já que eu e meu tio não somos muito amigos de nozes!!
- Aí rola um Underberg depois!
- No dia primeiro é básico acordarmos tarde e pé na estrada para almoçar às 16h no interior de SP com a família da mamy.
- E todo ano é o mesmo ritual no primeiro dia do ano:
Mãe falando: Arrumem-se rápido porque ESSE ano não vou almoçar as 4 da tarde.
Telefone tocando (pessoal de lá perguntando onde estamos). Alguém diz: atende e fala que já estamos saindo!
Chegando lá: "foram dormir tarde?", "esquenta não-sei-o-quê", "arruma a mesa", "trouxeram o lombo???"
Mãe: "vocês não almoçaram ainda? Porque não almoçaram? Não precisava esperar!!!"
E assim vai!! Ano após ano!!

Como diz na música: "família ê, família a, família... janta junto todo dia, nunca perde essa mania..."

Feliz 2010


Nessa altura do campeonato