Fernando Pessoa
( Ricardo Reis)Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.Põe quanto és
No mínimo que fazes.Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Os usuários do metrô sabem que vira-e-mexe surge alguma novidade pelos interiores das estações... Exposição de quadros, esculturas, etc ...
Dessa vez está em cartaz o projeto "Poesia no Metrô". Não começou agora, foi no final de outubro e, provavelmente, deve ficar lá até o início do ano.
Infelizmente está só na linha Verde. Felizmente essa é minha linha, então sempre quando entro no metrô me deparo com alguma poesia. Adoro. Sempre amei literatura e boa parte das poesias espalhadas pelo metrô são velhas conhecidas e é sempre bom relembrar. Relembrar inclusive dos tempos de colégio, afinal a aula de literatura era uma das que valiam a pena!
Lembro do dia em que entrei e vi homens em escadas colocando enormes paineis pelas estações. Dei uma parada para ver o que eram aquelas letras e me deparo com Camões. Depois descobri que tinha Fernando Pessoa, Olavo Bilac, Alphonsus de Guimarães, Gonçalves Dias, Florbela Espanca... e etc. Totalizando 21 autores.
Me perguntei se fazia sentido, afinal no horário do rush, quem enxerga alguma coisa naquela mar de gente? Quem consegue prestar a atenção em algo que não seja o ponteiro dos relógios que insistem em correr?
Não faço idéia de como tem sido o retorno aos idealizadores do projeto, mas eu tenho visto bastantes pessoas dando uma lida num painel aqui, uma espiadela noutro ali ... Já vi muitas pessoas, inclusive, fotografando os painéis! Acho que deveriam ficar expostas para sempre e, de tempos em tempos, sendo substituídas por outras!
Não me recordo exatamente em qual estação está a poesia que coloquei para "ilustrar" o post. Chuto que está na Santos-Imigrantes, mas é um chute.
Eu a escolhi porque, na minha opinião, das que estão expostas é uma das curtas em palavras, mas uma das maiores em significado!! Além de ser de autoria do meu poeta queridinho: Fernando Pessoa sob o heterônimo de Ricardo Reis.
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